Prudente José de Barros Moraes, advogado e fazendeiro, foi o 3º presidente da República do Brasil de a 15 de novembro de 1894 a 15 de novembro de 1898, eleito em 1 de março de 1894, com 276.583 votos contra 38.291 de seu principal competidor Afonso Pena e mais 29 outros candidatos; foi senador pelo estado de São Paulo, de 15 de novembro de 1890 a 15 de novembro de 1894 e foi presidente do Senado Federal de 23 de novembro de 1891 a 15 de novembro de 1894; foi governador de São Paulo, de 14 de dezembro de 1889 a 18 de outubro de 1890; deputado federal no Império, por São Paulo, de 3 de maio de 1885 a 3 de maio de 1887. Iniciou carreira como vereador em Piracicaba, pelo Partido Liberal, em 1864, assumindo a presidência da Câmara Municipal; ainda como vereador, em 1877, atuou pela mudança do nome da cidade de Vila Nova da Constituição para Piracicaba. Em 1873, foi um dos fundadores do Partido Republicano Paulista – PRP, passando a atuar na Assembleia Provincial. Com a Proclamação da República, o presidente Marechal Deodoro o nomeou, juntamente com Rangel Pestana e Joaquim de Souza Mursa, para compor uma Junta Governativa, que administrou o estado de 16 de novembro a 14 de dezembro de 1889. Presidiu a Assembleia Constituinte em 1890 1 891, disputou a presidência da República com o Marechal Deodoro e perdeu de 129 a 97 votos e foi eleito presidente do Senado.
Na sua presidência, conseguiu pacificar e por fim à Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul, assinando a paz com os rebeldes, a quem concedeu anistia. Assinou Tratado de Amizade, Comércio e Navegação com o Japão, em novembro de 1895, fomentando a imigração dos japoneses. Com a Inglaterra, resolveu a questão da Ilha de Trindade; os ingleses, em julho de 1895, tomaram posse da ilha, sob o pretexto de instalar uma estação telegráfica. A França fez incursões abaixo do rio Oiapoque, invadindo o Amapá, atacando e incendiando alguns povoados próximos à fronteira. Prudente de Moraes preferiu o arbitramento internacional, de Portugal para o caso de Trindade, e da Suíça, para a questão do Amapá. As questões diplomáticas foram resolvidas favoravelmente ao Brasil. Na questão de divisa com a Argentina, recorreu novamente ao arbitramento, onde se destacaram o presidente Grover Cleveland, dos Estados Unidos, e o Barão do Rio Branco. No seu governo ocorreu a Guerra dos Canudos. Em 5 de novembro de 1897, ele sofreu um atentado aonde morreu o ministro da Guerra, o marechal Carlos Machado de Bittencourt.
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo – USP, no Largo São Francisco, em 1863.
Local de Nascimento: Itu – SP
Data de nascimento: 04/10/1841
Local de Falecimento: Piracicaba – SP
Data de falecimento: 03/12/1902
Fontes: disponível em <https://www.al.sp.gov.br/repositorio/bibliotecaDigital/427_arquivo.pdf>, por Marcos Couto Gonçalves, acessado em 30/05/2022; em <http://presidentes.an.gov.br/index.php/arquivo-nacional/58-servicos/descricoes-arquivisticas/158-prudente-de-morais>, acessado em 30/05/2022 e <https://www.grempaz.com/blog/5657-governo-de-prudente-de-morais>, acessado em 30/05/2022