Getúlio Dornelles Vargas, advogado, foi o 14º e 17º presidente da República do Brasil, sendo a primeira vez entre 3 de novembro de 1930 a 29 de outubro de 1945 e, da segunda vez, de 31 de janeiro de 1951 a 24 de agosto de 1954; senador pelo estado do Rio Grande do Sul de 01 de fevereiro de 1946 a 31 de janeiro de 1951; governador do Rio Grande do Sul de 25 de janeiro de 1928 a 9 de outubro de 1930; ministro da Fazenda no governo do presidente Washington Luís de 15 de novembro de 1926 a 17 de dezembro de 1927; deputado federal pelo Rio Grande do Sul de 3 de maio de 1924 a 15 de novembro de 1926 e deputado estadual de 25 de maio de 1917 a 3 de maio de 1924 e de 25 de janeiro de 1909 a 25 de janeiro de 1913. Como governador gaúcho criou o Banco do Estado do Rio Grande do Sul e apoiou a criação da VARIG – Viação Aérea Rio-grandense. A passagem de Getúlio Vargas pela Presidência da República é dividida em três momentos que vão de 3 de novembro de 1930 a 10 de novembro de 1937; a segunda, que vai de 10 de novembro de 1937 a 29 de outubro de 1945 e a terceira de 31 de janeiro de 1951 a 24 de agosto de 1954. No primeiro momento, ele criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde, suspendeu os parlamentos federal, estaduais e municipais e passou a nomear como governadores os interventores federais que, por sua vez, nomeavam os prefeitos; manteve a Política de Valorização do Café (PVC) e criou o Conselho Nacional do Café e o Instituto do Cacau; houve a Revolução Constitucionalista, em 1932, que gerou a Constituição de 1934 que na eleição, em 1933, permitiu pela primeira vez o voto feminino. Na mesma época, surgiram dois movimentos políticos muito fortes, a Ação Integralista Brasileira – AIB, em 1932, liderada por Plínio Salgado, abertamente de direita, defensora de um estado corporativista, inspirada no fascismo que ganhava força da Europa, e a Aliança Nacional Libertadora – ANL, em 1934, patrocinada pelo regime comunista da União Soviética – URSS, de esquerda. Estes dois movimento serão representados pela Intentona Comunista, liderada por Luiz Carlos Prestes, e o Plano Cohen, que teria sido arquitetado pelos integralistas da AIB. Getúlio aproveitou o momento e aplicou o Golpe do Estado Novo, no dia 10 de novembro de 1937: assumindo como um governo ditatorial, suprimindo a liberdade partidária, a independência entre os três poderes e o próprio federalismo existente no país; fechou o Congresso Nacional e criou o Tribunal de Segurança Nacional. Os prefeitos voltaram ser nomeados pelos governadores e esses, por sua vez, pelo presidente. Foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), com o intuito de projetar Getúlio Vargas como o “Pai dos Pobres” e o “Salvador da Pátria”. Neste segundo período, ele estabeleceu a Lei da Sindicalização e, em 1941, sancionou o estabelecimento da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT; em 29 de outubro de 1945, para não ser deposto, ele renunciou e exilou-se na sua fazenda, em São Borja, interior gaúcho. Em 1950, ele foi eleito presidente da República democraticamente, com 3.849.040 de votos. Seu governo foi bastante tumultuado e nele foi criada a Petrobrás, após a exaustiva campanha do Petróleo é Nosso. No dia 24 de agosto de 1954, sob acusação de corrupção e ataques da oposição, ele se suicidou, com um tiro no peito, dentro do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Entre 1898 e 1903 serviu o Exército Brasileiro nos 6º Batalhão de Infantaria e 25º Batalhão de Infantaria, saindo com a patente de sargento. Getúlio Vargas foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 15 de setembro de 2010, pela lei nº 12.326.
Formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, RS, em 1907.
Local de Nascimento: São Borja – RS
Data de nascimento: 12/04/1882
Local de Falecimento: Rio de Janeiro – RJ
Data de falecimento: 24/08/1954
Fontes: disponível em <https://www.sabedoriaecia.com.br/historia>, acessado em 20/07/2019; em <https://brasilescola.uol.com.br/biografia/getulio-vargas.htm>, por Daniel Neves, acessado em 28/05/2022