Francisco Glicério de Cerqueira Leite, advogado, professor, tipógrafo, jornalista, fotógrafo, republicano, abolicionista e líder maçom, foi um dos ideólogos da Proclamação da República e um de seus principais propagadores na província de São Paulo. Participou da Convenção de Itu, em 18 de abril de 1873, fez parte do movimento republicano de 15 de novembro de 1889 e integrou o Governo Provisório ocupando o cargo de ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas de 31 de janeiro de 1890 a 22 de janeiro de 1891, e foi ministro interino da Justiça de 28 de fevereiro a 8 de março de 1890. Ele teve papel importante no movimento pela Proclamação da República. Foi um dos autores da Constituição Republicana de 24 de fevereiro de 1891. Apesar de não ocupar cargo de destaque na política nacional, no início da terceira regência da Princesa Isabel, em 1888, ele viajou para o Rio Grande do Sul para se encontrar com líder republicano gaúcho, Júlio de Castilhos e, na Câmara Municipal de São Borja leu um manifesto do diretório republicano paulista que apregoava que, na possibilidade de morte do imperador D. Pedro II (que estava na Europa para tratamento de saúde), o povo deveria ser convocado a dizer “se queria o Terceiro Reinado, com a princesa Isabel, ou um novo regime.” Ele voltou a ler este manifesto num comício republicano em São Paulo. Foi senador por São Paulo de 28 de abril de 1902 a 12 de abril de 1916 (morreu no cargo) e deputado federal de 1891 a 1899; iniciando a carreira eleitoral como vereador em Campinas, eleito em 1881. Ingressou no Partido Radical em 1870 e, em 1893 foi foi um dos fundadores e presidente do Partido Republicano Federal, também foi fundador do diretório municipal do Partido Republicano Paulista – PP de Campinas.
Atuou como jornalista no Correio Paulistano e foi um dos fundadores do jornal A Província de São Paulo em 1 de novembro de 1874 (atual O Estado de S. Paulo), colaborando também com a Gazeta de Campinas e Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro. Foi secretário da Santa Casa de Misericórdia de Campinas e participou da fundação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, da Companhia Campineira de Águas e Esgotos do Colégio Culto à Ciência em 12 de janeiro de 1874 (atual EE Culto à Ciência). Foi eleito orador da Loja Maçônica Independência, de Campinas, em 1868; e de dezembro de 1902 a agosto de 1903 presidiu o Tribunal de Justiça Maçônica e pertenceu ao Grande Oriente dos Benedictinos, de Saldanha Marinho. Em São Paulo funciona há 60 anos a Loja Maçônica Francisco Glicério, fundada em 15 de agosto de 1958, com a sede à rua Iguatinga, 93, no bairro de Santo Amaro. A patente de general foi um título honorífico pelos serviços prestados à República. A ilustração ao lado é de Teixeira da Rocha e foi capada revista Vida Fluminense, de 8 de fevereiro de 1890.
Em 19 de novembro de 1920, ao sancionar a Lei Estadual nº 1747, elevando o povoado de Castilho, no município de Penápolis, à condição de Distrito de Paz, o governador Washington Luís acatou decisão da Assembleia Legislativa, trocando o nome do povoado para Glycerio.
Local de Nascimento: Campinas – SP
Data de Nascimento: 15/08/1846
Local de Falecimento: Rio de Janeiro – RJ
Data de Nascimento: 12/04/1916
Fontes: disponível em dicionário enciclopedico ilustrado larousse, pág.1394-2007; em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Glic%C3%A9rio, acessado em 03/11/2019; em <https://www.cidadeecultura.com/francisco-glicerio-campinas/, acessado em 03/11/2019; em <https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/GLIC%C3%89RIO,%20Francisco.pdf>, acessado em 03/11/2019; em <http://www.museumaconicoparanaense.com/MMPRaiz/AcademiaPML/Patro-21.htm>, acessado em 03/11/2019; em <http://franciscoglicerio.com.br/historia-de-francisco-glicerio/>, acessado em 03/11/2019