Luís Alves de Lima e Silva, militar brasileiro que recebeu o maior título nobiliárquico da monarquia brasileira, Duque de Caxias. Entrou para a história com o cognome de O Pacificador Integrado ao 1º Batalhão de Fuzileiros, como tenente, ele lutou ao lado do futuro D. Pedro I, combatendo os portugueses que não aceitaram a Independência; em 18 de janeiro de 1823, Pedro I criou o Batalhão do Imperador (uma unidade de infantaria de elite escolhida a dedo), o futuro duque de Caxias serviu como adjunto do comandante, o coronel José Joaquim de Lima e Silva, que era seu tio. Lutou na Bahia, sob o comando do brigadeiro francês Pierre Labatut, contra os portugueses que haviam tomado Salvador. Lutou na Guerra Cisplatina, que deu origem ao Uruguai, em 1927 e 1928. A partir de julho de 1931, integrou o Batalhão de Soldados-Oficiais Voluntários e, como segundo no comando da unidade, ele suprimiu, em 7 de outubro, uma amotinação de oficiais da marinha liderados por Miguel de Frias e Vasconcelos na Ilha das Cobras. Em 18 de outubro de 1832, foi comandante do Corpo de Guardas Municipais Permanentes (atual Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro). Ainda na década de 1830, foi nomeado instrutor de esgrima e hipismo do futuro imperador D. Pedro II.
Promovido a coronel, em 2 de dezembro de 1839, foi enviado para a província do Maranhão, para combater a revolta que ficou conhecida como Balaiada, assumindo os cargos de presidente (governador) e comandante das armas do Maranhão. Por suas realizações no Maranhão foi promovido, em 18 de julho de 1841, a brigadeiro e elevado por Pedro II para o título de Barão de Caxias. Ele teve a rara honra de poder escolher o nome de seu título e decidiu celebrar sua recaptura da cidade de Caxias, a segunda cidade mais rica do Maranhão. Com o chamado Golpe da Maioridade. os liberais então se rebelaram em maio de 1842 nas províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais em retaliação a Pedro II. Caxias foi nomeado vice-presidente e comandante das armas da província de São Paulo, chegando em 21 de maio de 1842, para combater os rebelados. Após derrotá-los, foi nomeado comandante das armas de Minas Gerais e marchou para a província. Com a ajuda das unidades da Guarda Nacional do Rio de Janeiro, sob seu presidente Honório Hermeto, Caxias foi mais uma vez bem sucedido, suprimindo a rebelião m em agosto. Ele foi honrado pelo imperador, que o fez seu ajudante de campo em 23 de julho de 1842. Dois dias depois, foi promovido a marechal de campo interino. Em 1835 havia eclodido no Rio Grande do Sul a Revolução Farroupilha e, sete anos maias tarde, em 28 de setembro de 1842, ele foi nomeado presidente e comandante das armas da província com a missão de acabar com a revolta, o que aconteceu em 1 de março de 1845. Elevado a conde. Em 11 de maio de 1846, ele assumiu mandato no Senado, representando o Rio Grande do Sul.
Em 1851, começou a Guerra do Prata, iniciada pela Argentina contra o Brasil, e Caxias foi nomeado comandante geral das forças terrestres brasileiras. O Brasil e seus aliados, Uruguai e as províncias rebeldes de Corrientes e Entre Rios, sob o comando de Manuel Marques de Souza (futuro Conde de Porto Alegre), venceram a batalha de Monte Caseros em 13 de fevereiro de 1852, e colocaram fim ao conflito. Com a formação do “Gabinete da Conciliação”, encabeçado por Honório Hermeto (Marquês do Panará), Caxias aceitou ser o ministro da Guerra. A pedido de D. Pedro II, Caxias forma o novo Gabinete Ministerial em 2 de março de 1861 mas não consegue dominar senadores e deputados e, um ano depois, em 24 de maio de 1862, seu gabinete renuncia. Ainda em 1862,em 2 de dezembro, foi feito marechal de exército, a mais alta patente do exército brasileiro. Em 1864, o Paraguai invade Mato Grosso, iniciando a Guerra da Tríplice Aliança. Em 10 de outubro de 1866, o governo nomeia Caxias comandante supremo do Exército e da Marinha aliados para invadir o Paraguai e por fim ao conflito. De outubro de 1866 a julho de 1867 a guerra esteve paralisada para que ele pudesse reorganizar as forças, treinar os soldados, melhorar as armas e debelar as epidemias, investindo em higiene e corpo médico. Em 1 de janeiro de 1869,as forças de Caxias entraram em Assunção, capital paraguaia. Em 23 de março de 1869, ele recebeu das mãos do imperador Imperial Ordem de Pedro Primeiro e o elevou ao título de duque, o mais alto da nobreza brasileira. Passou a integrar, a partir de outubro de 1870, o Conselho de Estado. Mais uma vez, a pedido do imperador, formou em 25 de junho de 1875, juntamente com o Barão de Cotegipe, um novo gabinete ministerial que renunciou em 1 de janeiro de 1878.
Em 1925, a data do seu nascimento, 25 de agosto, foi escolhida para ser o Dia do Soldado e, em 13 de março de 1962 tornou-se o patrono do exército, transformando-se na figura mais importante da tradição militar brasileira. O município de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, leva este nome em sua homenagem.
Formado pelo Colégio Pedro II e pela Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, no Rio de Janeiro
Local de Nascimento: Vila Porto da Estrela – RJ
Data de nascimento: 25/o8/1803
Local de Falecimento: Valença – RJ
Data de falecimento: 07/05/1880
Fontes: disponível em <https://www.sohistoria.com.br › biografias › caxias>, acessado em 30/08/2019; em <https://www.ebiografia.com/duque_caxias/>, por Dilva Frazão, acessado em 30/08/2019; em <www.eb.mil.br › patronos>, acessado em 30/08/2019; em <https://www.sangueverdeoliva.com.br/index.php/cronica/144-caxias-o-homem-e-a-obra>, por Newton Raulino de Souza Filho, acessado em 04/06/2022 e em https://horadopovo.com.br/o-duque-de-caxias-pelo-general-nelson-werneck-sodre/ acessado em 30/08/2019 e 04/06/2022