João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança, D. João VI, cognominado O Clemente, foi rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 20 de março de 1816 a 7 de setembro de 1822 e de 7 de setembro de 1822 em diante foi rei de Portugal e Algarves até à sua morte, em 10 de março de 1826. Pelo Tratado do Rio de Janeiro de 1825, que reconheceu a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, também foi o imperador titular do Brasil, embora tenha sido o seu filho D. Pedro o imperador do Brasil de fato. Considerado um dos últimos representantes do Absolutismo, ele assumiu a Coroa portuguesa em 14 de julho de 1899, como regente do reino, pela incapacidade mental de sua mãe, a rainha D. Maria I de Portugal, declarada inapta para reinar por um conselho formado por 17 médicos. Aliado da Inglaterra, Portugal não aderiu ao Bloqueio Continental imposto pela França e sofreu invasão das tropas de Napoleão Bonaparte. D. João IV e a família real deixou Portugal e instalou-se no Brasil, chegando em Salvador em 22 de janeiro de 1808 e no Rio de Janeiro em 7 de março. A rainha D. Maria I morreu no Rio de Janeiro, em 20 de março de 1816 e D. João assumiu o título de rei com o nome de João VI, cuja sagração aconteceu em 6 de fevereiro de 1818.
Durante sua presença no Brasil, D. João VI criou a Imprensa Régia, o Jardim Botânico, o Arsenal de Marinha, a Fábrica de Pólvora, o Corpo de Bombeiros, a Marinha Mercante e a Casa dos Expostos. Também criou diversas aulas avulsas no Rio, Pernambuco, Bahia e outros lugares, tais como teologia, dogmática e moral; cálculo integral, mecânica, hidrodinâmica, química, aritmética, geometria; francês e inglês; botânica e agricultura, e várias mais. Fomentou a fundação de diversas sociedades e academias para estudos científicos, literários e artísticos, como a Junta Vacínica, a Real Sociedade Bahiense dos Homens de Letras, o Instituto Acadêmico das Ciências e das Belas-Artes, a Academia Fluminense das Ciências e Artes,[44] a Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro,[85] a Academia dos Guardas-Marinhas, a Real Academia Militar,[84] a Real Biblioteca,[86] o Museu Real, o Teatro Real de São João, além de recrutar solistas de canto de fama internacional e patrocinar os músicos da Capela Real, onde se incluía o padre José Maurício, o maior compositor brasileiro de seu tempo, apoiando também a vinda da Missão Artística Francesa, que resultou na criação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, antecessora da Academia Imperial de Belas Artes. No setor econômico, ele abriu os dos portos para as nações amigas, aboliu o monopólio comercial dos portugueses (sendo a Inglaterra a grande beneficiada) e instalou diversos órgãos administrativos de alto escalão, como os ministérios da Guerra e Estrangeiros e o da Marinha e Ultramar; os Conselhos do Estado e o da Fazenda, o Conselho Supremo Militar, o Arquivo Militar, as Mesas de Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens, a Casa de Suplicação, a Intendência Geral da Polícia, o Banco do Brasil, a Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, e a Administração Geral dos Correios. Também incentivou a produção agrícola, especialmente do algodão, arroz e cana-de-açúcar; abriu estradas e estimulou a navegação fluvial, dinamizando a circulação de pessoas, bens e produtos entre as regiões.
Com relação aos movimentos bélicos, D. João IV autorizou a invasão de Montevidéo, em 1817, a anexação da Província Cisplatina, em 1821. Ainda em 1817, eclodiu a Revolução Pernambucana, movimento republicano que instalou um governo provisório em Pernambuco e se infiltrou por outros estados, mas foi severamente reprimido: 14 revoltosos foram executados pelo crime de lesa-majestade (a maioria enforcados e esquartejados, enquanto outros foram fuzilados), e centenas morreram em combate ou na prisão. Ainda em retaliação, D. João VI desmembrou a então comarca das Alagoas que mais tarde foi transformada em estado.
Em em 25 de abril de 1821, a Família real retornou para Portugal, deixando o filho Pedro como príncipe regente, chegando em Lisboa em 3 de julho de 1821.
Local de Nascimento: Queluz – Portugal
Data de nascimento: 13/o5/1767
Local de Falecimento: Lisboa – Portugal
Data de falecimento: 10/03/1826
Fontes: disponível em <https://www.vortexmag.net/d-joao-vi;https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_VI_de_Portugal>, acessado em 30/08/2019 e em <https://www.ebiografia.com/domjoao_vi/>, por Dilva Frazão, acessado em 30/08/2019